UM SELO
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UM SELO

-Um selo pode ser de flores, como a Oxalis Pudica.
Flor é o símbolo da felicidade, do amor e carinho.
Flor também pode ser de tristeza e sofrimento, quando ornamenta o falecido no ataúde.

-Um selo pode ser triangular, como o selo Brasileiro de 1947, comemorativo à Semana da Asa.
Triangulo é uma conjunção de três elementos, como a Santíssima Trindade da fé Católica.
Os três paises do eixo, na segunda guerra mundial, também constituíram um triangulo de interesses comuns.

-Um selo pode ter um formato quadrado, como o olho-de-boi.
Quadrado é o estrutural básico das pirâmides, construções monumentais que assombram a humanidade a milênios , por sua ciência e tecnologia.
Quadrado têm sido também os planos mirabolantes de certos economistas.

-Um selo pode ser perfurado (perfins), como são uns pouquíssimos selos da filatelia brasileira.
Furado é o poço de petróleo, que move os meios de transportes, trás riquezas e desenvolvimento aos povos.
Furados também têm sido amiúde, muitos dos utópicos planos econômicos de certos governantes.

-Um selo pode ser de papel, como é o Gauchito, primeiro selo da filatelia Argentina.
Papel é o meio de comunicação mais popular que existe e contribuiu sobremaneira para a evolução da escrita, iniciada na pedra, barro e papiro.
Papel, por aceitar tudo, também pode ser usado para enganar, levantar falso testemunho e prejudicar mesquinhamente às pessoas indefesas e inocentes.

-Um selo pode ser de tecido, (cetim).
O tecido é primordial na confecção do vestuário que cobre a nudez humana dos olhares mais libidinosos.
De tecido era o manto de Nosso Senhor Jesus, o salvador. Manto este que foi disputado na sorte, entre os soldados Romanos.

-Um selo pode ser denteado, como o Chileno da série Testard.
Como é denteada a engrenagem industrial que transforma a matéria prima em novos produtos para o bem estar geral da humanidade.
Como é denteado também, o ímpeto do ódio, na expressão mais cruel do rancor humano: “olho por olho, dente por dente”, reflexo óbvio e incontestável da ignorância do homem.

-Um selo pode ser marcado (Obliterado).
Como marcados pelo amor, são os homens de boa vontade que praticam a humildade e a caridade.
Marcados são também; os pobres, negros e demais vítimas inocentes do racismo ignominioso em todas as suas vertentes, que (ainda) assolam o mundo de hoje, tido como moderno.

-Um selo pode ser muito importante, quando for do primeiro dia de circulação.
Importante também é a natividade, o primeiro dia de existência de um recém-nascido, que cheio de vida e esperança, desperta para a realidade fria do nosso tempo.
Não menos importante, é o trágico primeiro dia de uma guerra, que derruba por terra todas as expectativas de uma nação (ou nações) de uma convivência de paz e compreensão.

-Um selo pode ser parte integrante de um bloco filatélico, tal qual a peça em Homenagem ao Tenista Brasileiro “Guga”, Tricampeão do torneio de Tênis Francês, de Roland Garros.
De blocos são construídos os edifícios que abrigam da chuva, do frio e outras intempéries da natureza, as famílias humanas.
Também em blocos se constituem as grandes forças mundiais, para impor seus princípios globalizados de economia, em detrimento dos fracos e desfavorecidos do planeta.

-Um selo pode ser grande, como o da Colômbia, sobre a paz, (1.100 aéreo 1997).
Como grande é a ganância dos poderosos e insensíveis.
Grande é também a esperança dos pequenos e oprimidos.

-Um selo pode ser pequeno, como o da Hanseníase, (Brasil 1992, Cr$ 30,00)
Como pequeno é o estado de espírito das potencias dominantes.
Pequeno é também os parcos recursos que sobram aos povos do terceiro mundo, (emergentes).

-Um selo pode compor uma quadra, (5 centavos, dos “Correos de Bolívia” de 1932.)
De quadras são feitas as estrofes e também as cidades, que abrigam a reunião de pessoas.
Também constituem uma quadra, os quatro cavaleiros do Apocalipse, que pressagiam morte, pragas e desgraças, para toda a humanidade.

-Um selo pode ser antigo.
Antigo é o mais perfeito ensinamento do mundo, “amai ao próximo como a si mesmo.”
Antigo também é a gama de preconceitos, maldades e opressão impostos contra os simples e desamparados.

-Um selo pode ser moderno, como os selos adesivos do Brasil.
Modernos são os meios de comunicação de massa, como os telefones celulares, a Internet e os computadores atuais, cada vez menores e mais ágeis.
Modernos são também os equipamentos bélicos, dotados de precisão cirúrgica. Eles reúnem tecnologia de ponta, destinados à aniquilação da vida.

-Um selo pode vir em dupla, (par).
De dupla, é a forma básica de se conceber a vida. (Pai e mãe).
Em dupla se constituem original e clone, ciência que pode levar o homem à barbárie.

-Um selo pode contribuir na composição de um Se-tenant
Como cada elemento, contribui na constituição da “força”, um todo em torno de um mesmo objetivo, “união”, determinante e invencível, em prol do fito comum.
Não obstante, a união de muitos traficantes, constitui também as forças do mal, que voltadas para o vício abominável, contribuem sobremaneira, para a destruição da saúde, do amor e da paz.

-Um selo pode (e deve) ser verdadeiro.
Verdadeiro é o íntimo puro e delicado, que embala a inocência das criancinhas.
Verdadeiro foi também o ataque terrorista mais covarde e devastador da história da humanidade, que devastou o World Trade Center nos Estados Unidos da América, e com ele tantas vidas inocentes.

-Um selo pode (mas não deveria) ser falso.
Como falso foi o presságio estúpido do fim do mundo na virada do milênio. Falso têm sido também, amiúde, os compromissos de campanha de inúmeros políticos.

Um selo enfim, tem dois lados, anverso e reverso, como dois lados têm os seres humanos. O lado bom e o lado mal. Como as duas facetas da psique, o Id e o Ego.

Por outro lado, um selo tem apenas uma face identificável. Muitas pessoas, contudo, exibem descaradamente suas duas caras.

Um selo pode enviar a alegria, a paz e a felicidade, além da boa notícia que salva.
Mas pode, todavia, transmitir a notificação da morte, da tristeza, da infelicidade e da guerra.

Um selo em mãos justas pode contribuir na resolução do problema da subalimentação do faminto. Em mãos injustas, pode matar de fome o inocente.

Um selo pode ser um meio legal de transportar o agasalho para o mendigo, ou o veneno camuflado que provoca a ruína de alguém.

Um selo vai e volta, gira , circula, determina, altera... Traz o bem e o mal, dependendo das mãos de quem o manipula. Pode salvar vidas ou condenar pessoas, pois com um selo se envia remédio ao doente ou a ordem de matar, ao pistoleiro.

Um selo não traz o histórico de sua existência. Mas se pudesse falar, teria histórias fantásticas e fascinantes a relatar, tanto de amor sublime, quanto de ódio dos mais rancorosos, jamais concebidos.

Um selo não traz o itinerário de suas viagens, pelos mais longínquos recantos do planeta, mas se pudesse, por certo relataria diários de lugares deveras deslumbrantes, onde a paz e a harmonia são os bens mais preciosos de todos.

Mas relataria também, recantos de sofrimentos, dor e humilhação, sem precedentes na história da humanidade, onde os desafortunados sucumbem no mais triste abandono, ante a insensibilidade do poder dominante, individualista e atado ao mais ignominioso egoísmo.

Um selo enfim, pode ser usado para o bem ou para o mal.
A nossa consciência íntima, é que determina a natureza das ações desses pedacinhos de papel, que poderão ser vis ou aprazíveis.